sábado, 14 de junho de 2014

Batizar ou não?

Agora o blog vai ser Zoe no Mundo da Maternidade. Oras, já que o blog é sobre a minha vida, e agora estou vivendo a maternidade, nada mais justo não? E o mais legal é que não preciso viajar (tanto) para descobrir um mundo novo. A cada dia convivendo com o pequeno Murilo, descubro, aprendo uma coisa nova, tanto dele, como de mim, quanto da sociedade que nos cerca.
E hoje quero falar do Batismo.

Eu nasci e fui batizada na igreja católica. Cresci frequentando terreiros de umbanda com uma tia. Aos sábados ia na Evangelização para crianças no Centro Espírita com uma outra tia. Fiz catequese. Estudei em escola de freira até os 10 anos e escola de padre dos 13 aos 17 anos. Deu para perceber a variedade cultural da minha família! E no fim optei pelo espiritismo, numa linha mais científica/psicológica chamada apometria, que em outra ocasião eu falo mais um pouco. Cheguei até trabalhar no Centro, mas com a gravidez acabei interrompendo. Mas adorava, aprendi muito e me sentia bem. Foi minha escolha e não imposição de ninguém.

Bispo também foi batizado. Fez catequese, crisma, era coroinha na igreja, mas se converteu a ateu.
E agora, o que fazer com o Murilo?

Meu pai veio me perguntar quando iríamos batizá-lo. Eu recebi a pergunta de surpresa e comecei a rir.
- Ele escolhe quando crescer !- respondi.
- Tudo bem, mas tem que batizar, não pode ser pagão!- meu pai replicou.
Eu ri ainda mais!
- E ele não vai ter padrinhos? - meu pai perguntou.
- Ai vem outro problema! Vai dar briga - respondi.

Adoro ter padrinhos. Minha madrinha é super presente na minha vida, mas que é complicado achar um casal em que eu possa confiar para cuidar do Murilo se eu morrer, isso é! Não confio em ninguém hehehehe
Desconversei, mas essa questão começou a martelar na cabeça.
Por que batizar? Por que introduzir uma religião na vida de uma criança? Por que ter uma religião?
Pensei em alguns motivos e vou falar um pouquinho aqui:

1- Tradição. Ás vezes nem frequentar a igreja, a pessoa frequenta, mas foi batizado e acaba batizando os filhos porque toda a família, o meio ao redor, também batizou. Nem se questiona o porquê, simplesmente o faz, porque é tradição. Faz parte da cultura da pessoa, da família. Isso é bem legal, pois acaba sendo um evento social, uma festa.

1- Ensinar moral e ética. Se pararmos para pensar, toda religião fornece um código de conduta para se viver harmoniosamente em sociedade. Começou com os 10 mandamentos, que foi muito importante para colocar ordem no grupo de refugiado do Egito liderado de Moisés.

2- Explicar coisas inexplicáveis. Colocar a culpa em algo maior, sobrenatural de algo triste o que não sabemos é reconfortante, pois ficar sem resposta é frustante. Por exemplo: Por que filho do vizinho da minha tia morreu foi assinado, se ele era um bom menino? Por que Deus escreve certo por linhas tortas. Porque ele já cumpriu sua função na terra! Ter uma explicação sempre conforta a pessoa em sofrimento.

Assim, escrevendo esse post, tomei minha decisão: Murilo quem irá decidir se terá religião e qual será.  Meu papel como mãe é ensiná-lo moral, ética, regras da sociedade, a respeitar os outros, mostrar-lhe as diferentes culturas/religião, é permitir que ele seja criança e brinque. É responder-lhe, na hora certa, as dúvidas que ele terá ao longo da vida, sem colocar os carros na frente dos bois. E assim, com informação ele poderá escolher! Bom, é assim que pretendo fazer.


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