terça-feira, 24 de junho de 2014

A primeira viagem com Murilo


Nossa primeira viagem com o Murilo foi para Riberão Preto, cidade localizada a 220km de Campinas. Resolvemos viajar para um lugar mais perto antes de ir para Garça, cidade dos avós paternos, localizada a 350km, para ver como Murilo se comportaria, um teste para ele e para nós pais.

A ida foi tranquila. Saímos depois do almoço, depois da mamada. Mal saímos de Campinas e ele já estava dormindo. Maravilha! Eu queria aproveitar e ir direto, sem paradas, mas depois de beber quase 1,5L de água (amamentar dá muiiiita sede!), eu não tive como não parar para esvaziar a bexiga! Estava tudo indo muito bem, muito tranquilo, Murilo continuou dormindo como anjo no carro enquanto eu ia no banheiro. Mas não durou muito, pois um caminhão (maldito) surgiu do lado do carro e fez aquele barulho característico do freio tchuuu tchuuuuuuu, o que quase deu uma parada cardíaca no menino de tanto susto. Quando voltei no banheiro, estava ele no colo do Bispo com o rosto assustado cheio de lágrimas pesadas. Bispo disse que chorou horrores, mas ainda bem que seu coração é jovem e aguentou o tranco!

A viagem depois disso foi um pouco turbulenta, Murilo estava incomodado e reclamava, mas ainda bem que estávamos chegando.

Chegamos ao hotel e fomos dar banho de chuveiro no Murilo, pois não tinha cabimento nenhum levar a banheira. Foi o primeiro banho de chuveiro da vida dela, e adivinha? Murilo detestou!! Aliás, já venho percebendo que ele não gosta muito de novidades, de mudança de rotina, bom tem a quem puxar! Não eu, obviamente hahahaha! Outro dia fui dar um banho nele no balde, toda feliz e contente, achando que ele ia se divertir, ficar aconchegado no balde, na água quentinha, mas ele também não gostou muito, chorou horrores e ficava com o corpo todo esticado. Mas voltando para o hotel, como não tinha outra opção, tomou o banho de chuveiro e engoliu o choro.

Chegamos na festa uma hora antes de começar, ou seja estava fechado! Não sei porque todos nós (eramos em 5 pessoas) achamos que a festa começava as 17h, mas quando vi o portão fechado, resolvi verificar o convite e voilá...18h! Para passarmos o tempo e ver o finalzinho do jogo Alemanha e Gana, fomos para um café ali perto mesmo.

Na festinha correu tudo bem, ele não chorou, não estranhou ninguém, mas era a hora dele dormir e
com e a infinidade de estímulos na festa, música, DVD de palhaços, cores e luzes, crianças gritando, tudo muito novo e atraente para ele o que o deixou ligado no 220V. Até tentei achar um lugar calmo, mais escurinho para tentar acalmá-lo e fazê-lo dormir, mas o único lugar que achei era no canto da parede, perto do banheiro para deficiente e porque a luz estava com problema e de vez em quando acendia, o que voltava a estaca zero a minha tentativa de fazê-lo dormir.

Voltamos da festinha 2 horas depois do horário que Murilo costuma dormir, ou seja, já começou a bagunçar aí o sono dele. Nem ficamos para o parabéns, voltamos para o hotel, troquei a fraldinha dele para ele dormir sequinho, mas ele acordou. O que não foi problema, pois logo adormeceu após mamar. Já eram quase 10 da noite, e o que você pensa? Quando o bebê vai dormir tarde, vai acordar tarde, certo? Só que não! Acordou a 1:30, as 3:30, as 6:30, as 8:30! E para tentar preservar o sono do rebento, desliguei a TV que tinha uma luz que nunca apagava, desliguei a geladeirinha,  que ligava e desligava a cada 30 min, fazendo um barulho enorme, mas essa atitude me rendeu piso molhado no meio da madrugada!

Eu havia solicitado um quarto mais tranquilo, sem muita interferência dos barulhos comuns de hotéis, e adivinham onde nos colocaram? Num quarto na frente do elevador, voltado para rua! Olha que beleza!! Não consegui dormir direito, pois escutava as pessoas entrando e saindo do elevador, os ônibus passando pela rua, as pessoas conversando, e claro, todo barulhinho que o Murilo fazia durante seu sono super agitado.

A volta de carro foi um pouco pior, pois das duas horas e meia, Murilo dormiu quase por 1 hora (maravilha!) mas depois não quis saber de dormir, estava cansado, estava com sono, fome, ou apenas de saco cheio mesmo. Paramos para ele mamar, mas mamou pouco, vomitou, voltamos para o carro, chorou, esperneava. Acabei arrancando ele da cadeirinha e ele ficou mais ou menos bem no colo, mamou e acalmou. Sei que fiz errado, não era seguro, mas enfim,  não sabia o que fazer!

Dessa viagem aprendi várias coisas que fica de dicas para as próximas :

Fazer uma lista de itens necessários para o bebê. Eu confiei na minha memória, não esqueci de nada, mas é melhor não né! Mãe tem muita coisa para pensar! Não esqueci nada do Murilo, mas em compensação, esqueci o flash da câmera, esqueci de carregar as baterias, enfim, a se a memória não falhar com as coisas do bebê, falhará com outras coisas!

Levar o documento da criança. Sim, eu esqueci! Nem lembrei de documento, era tanta coisa para pensar que o documento foi esquecido completamente. Bispo lembrou apenas na volta quando estávamos dentro do carro já. E ainda me deu bronca, que não podia viajar sem documento. Lógico que eu sei que tem que viajar com documento, pois se fôssemos parados pela polícia, a primeira coisa que perguntariam era o documento da criança, mas por sorte, não fomos parados e não tivemos dor de cabeça (maiores). Ah, não esqueça da carteirinha do convênio médico!

Levar o mínimo de coisas mas nem tanto. Percebi que Murilo usou mais fraldas que o normal, como a rotina dele foi desestruturada, seu intestino também foi afetado. Eu levei mais fraldas do que ele usaria em casa. Levei umas 4 trocas de roupa para 2 dias, caso ele sujasse, mas não precisou, foram apenas 2 roupas usadas. Acho que a manta dele fez a diferença, pois estava com o cheirinho dele e o deixou com a sensação de lar. Levei também o carrinho, que apesar de trambolhento e volumoso, foi bastante útil. Como a viagem foi curta e levamos o carrinho, não senti necessidade do carregadores de bebê, como slings ou cangurus, mas eles são uma ótima opção para descansar os braços e ocupam menos espaço comparado ao carrinho.

Quanto menos número de bolsas, melhor. Levamos uma bolsa para cada um, por mais pequena que fossem, eram volumes a mais que tinha que carregar. Se tivéssemos apenas uma mala para o 3 ou pelo menos uma mala para eu e Bispo e uma para Murilo, seria mais fácil.

Fazer paradas para descanso. É muito desconfortável ficar no bebê conforto, belo trocadilho (rs)! Se já é desconfortável para nós adultos ficar no carro sentado por horas, imagine para os bebês. Então o ideal é parar com frequência. Alguns dizem a cada no máximo 2 horas, mas a pediatra hoje disse que seria bom parar a cada hora, mas varia de acordo com cada bebê. As paradas devem ser longas de uns 30 min, para eles poderem descansar mesmo.

Deixar o bebê mais confortável possível no carro. Colocar almofadas nas laterais para o bebês qua ainda não tem firmeza na cabeça. Colocar tapa-sol no vidro do carro. Deixar uma manta caso faça frio e sempre um paninho para limpar baba e vômito! Verificar as fraldas e se o bebê está com calor também é importante para o bem-estar do bebê.

Mas uma coisa boa de viajar com bebê de 3 meses é que não precisamos nos preocupar com comida, uma vez que ele só mama no peito, então, bateu a fome ou a sede, é só levantar a blusa que temos leite quentinho a toda hora! Uma vantagem tinha que ter em viajar com bebê!

Mas se alguém ai fora tiver mais dicas, por favor me fale! Principalmente para lidar com o bebezinho dentro do carro por 3-4 horas!


Um comentário:

  1. Roberta eu viajo com a Isa desde os três meses. No começo foi difícil e em uma das primeiras viagens eu também não agüentei e tirei ela do bebê desconforto (esse deveria ser o nome correto). Mas não desanime e não deixe de viajar com ele, pois a Isa logo acostumou e agora é raro ela dar trabalho em viagens. Elaa já chegou a dormir quase 2:30hs seguidas em uma viagem. Eu procuro viajar sempre em horários q ela gosta de dormir e sempre dou um banho antes, facilita bastante. Beijao
    Mel

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